Misterioso objeto interestelar pode ter água embaixo de sua crosta



Oumuamua, o primeiro objeto interestelar encontrado durante visita a nosso Sistema Solar, tem formato alongado, 180 metros de comprimento, e uma crosta seca que pode ter evitado que a água contida em seu interior evaporasse em sua passagem perto do Sol, de acordo com estudo publicado nesta segunda-feira (18) na revista "Nature Astronomy".

O misterioso objeto foi avistado em outubro e suas caraterísticas fizeram com que surgissem hipóteses de que ele poderia ser um vestígio de uma civilização alienígena, mas, como reitera o estudo da Universidade Queen de Belfast, no Reino Unido, está confirmado apenas que se trata de um "objeto natural" procedente de outro sistema.

Para a astrofísica Michelle Banister é "fascinante" que o primeiro objeto interestelar descoberto se pareça tanto com um planeta pequeno do nosso próprio sistema. Isso sugere que a maneira na qual nossos planetas e os asteroides se formaram tem muito em comum com os sistemas que orbitam outras estrelas.

Trata-se de um planetesimal – um objeto sólido que pode acabar se transformando em planeta – com uma crosta bem solidificada e muito parecido com os astros menores que ficam nos limites do Sistema Solar.

Crosta e água

O grupo internacional de especialistas, liderado pelo professor Alan Fitzsimmons, mediu a forma como Oumuamua reflete a luz solar e descobriu que é similar à de objetos gelados cobertos com uma crosta seca.

Isso se deve ao fato de este objeto interestelar estar milhões, ou até bilhões de anos, exposto aos raios cósmicos, o que criou uma camada isolante organicamente rica de meio metro de espessura em sua crosta.

A pesquisa sugere que tal crosta seca poderia ter protegido a água em seu interior gelado da evaporação, apesar de o objeto ter passado a apenas 37 milhões de quilômetros do Sol e alcançado temperaturas superiores a 300ºC.

    "Descobrimos que a superfície de Oumuamua é parecida com a de outros pequenos corpos do Sistema Solar que estão cobertos de gelo rico em carbono, cuja estrutura se vê modificada pela exposição aos raios cósmicos", explicou Fitzsimmons na nota.

O objeto interestelar tem a mesma cor que alguns planetas menores gelados na periferia de nosso Sistema Solar.

Os especialistas seguem observando Oumuamua e esperam fazer novas descobertas num futuro próximo, acrescentou Banister.

Por G1
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